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O CASO DANTAS

Daniel Valente Dantas é um investidor em empresas e no mercado financeiro que enriqueceu rapidamente. Da década de 90 para cá tornou-se uma importante figura no mercado de investimentos e que mantém relações com figuras políticas de peso e alguns de seus parentes. Isso é fato. Sua fortuna é alvo de polêmica, bem como suas atitudes.

Ele é acusado de fazer escutas clandestinas em grandes empresas e no próprio governo, de comandar uma quadrilha que pretenderia, ao mesmo tempo, ter ramificações políticas e importância estratégica no mercado financeiro.
Dizem os policiais que ele seria o chefe de uma espécie de PCC dos ricos, onde não haveria crimes de sangue, mas sim de corrupção e de delitos que dificilmente deixam rastros evidentes.
Como os crimes de que o figurão é acusado são de difícil comprovação, onde é necessário sutileza na apreciação dos fatos, a cautela era de rigor. Mas parece que não houve tanta calma, assim. A opinião pública é importante, sim, para assegurar que intervenções políticas não alterem o rumo das investigações e do próprio processo, mas em princípio teria havido um pouco de precipitação ou, quem sabe, de desespero, face às más condições de trabalho a que eram submetidos os delegados. Faltava pessoal para a análise de dados técnicos.
Para quem não sabe, uma investigação de tráfico pela Polícia Federal pode demorar mais de seis longos anos. Não, não se trata de burocracia, mas de paciência na coleta de provas. Quem é da área jurídica sabe que para garantir uma condenação é requisito haver provas consistentes, não adiantando ações precipitadas pelos investigadores.
Importante saber: haveria necessidade de coletar-se mais provas quando se sabe que os crimes de que DVD é acusado não deixam muitos vestígios? Seria necessário aguardar-se ainda mais interceptações telefônicas e de dados? Parece-me que não.
O estopim foi a tentativa de corrupção ativa do delegado que presidia o inquérito policial. Parecia evidente que os indiciados ou alguns deles já saberiam da existência do inquérito e dos investigadores. Mas não é só.
Como o caso em questão envolveria interesses de Estado, com fortes indícios de envolvimento de figuras públicas e de pessoas próximas, atos de corrupção, contratação de empresas estrangeiras de espionagem e graves crimes financeiros, ou seja, ações típicas de uma verdadeira organização criminosa atuante nas diversas esferas políticas do país, a ABIN aparentemente monitorava o caso e por isso teria sido chamada a acompanhar a detenção dos figurões de nossa elite econômica. Parece ser essa a razão do principal delegado responsável pelas apurações criminosas ter solicitado a colaboração da ABIN na prisão dos figurões da elite nacional.
Como se sabe, as inteligências da Polícia Federal, da Receita Federal e do Banco Central analisavam e coletavam provas contra as pessoas envolvidas no inquérito tão divulgado na mídia. E a ABIN, como órgão central do sistema de inteligência, também intervinha ou deveria intervir.
A questão, em princípio, é de segurança do Estado. E não se trata de Estado totalitário, já que vivemos em uma democracia, mas de assegurar a própria ordem democrática contra, segundo é asseverado no inquérito, uma organização que pretenderia tomar conta de parcela considerável da riqueza do país através de laços políticos, corrupção, interceptações clandestinas de telefone e de dados, manipulação de jornalistas e plantação de falsas informações nas bolsas de investimentos.
A questão, prezado leitor, fugiria assim da mera esfera judicial, para alcançar interesses maiores, do próprio Estado Democrático de Direito. Fique alerta, redobre a atenção, leia o inquérito que foi disponibilizado por um site jurídico (conjur) e se informe a respeito do caso nos principais veículos de informação e também na mídia alternativa. O Brasil que sonhamos, justo para todos e democrático, depende da atitude concreta e das manifestações de cada um de nós.