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e a conceituada análise geopolítica

A depreciação da moda

por LELIANE MORAES*

Uma homenagem para as queridas leitoras e também mulheres de bom senso, e para os homens, seus eternos admiradores

Não basta vestir-se bem para ser elegante, é preciso dosar suas atitudes e palavras, para não correr o risco de cometer gafes na era da depreciação da moda.

Moda não representa apenas coleções de inverno ou verão. A moda das atitudes também está em alta. Há muito, foi conquistada a libertação dos tabus envolvendo certas censuras às atitudes femininas. Porém, a evolução do desprendimento desses tabus está se iniciando num campo muito perigoso. Modernização de atos e gestos, palavras e maneiras de se portar estão depreciando a cada dia o valor de ser mulher.

Não, não pensem que falo de roupas, pois é a pessoa que faz a roupa e não o contrário, como muitos pensam. Falo da inversão de valores, ser forte, determinada, corajosa e moderna, não inclui no pacote comportamentos que envergonhariam até mesmo as concubinas da antiga corte.

A ousadia é maravilhosa desde que dosada com mistério, com a insinuação gradual, mostrar-se aos poucos do interior ao exterior, jamais abrir-se imediatamente como se estivesse vendendo uma mercadoria, no caso, o produto encarrega-se da venda sozinho. Nem há tempo para a conquista, tudo é tão rápido nos “relacionamentos”, que causa enjôo e não gera credibilidade, tampouco, durabilidade. E cada um segue seu caminho à procura de algo a mais, algo que complete, que preencha por inteiro. Absolutamente nada que tenha a essência vazia pode dar a sensação de satisfação.

Casos triviais, de uma noite e nada mais, são a modalidade atual das relações. Isso devemos a algumas mulheres, que não dificultam em nada os fins, e não poupam os meios para conseguirem o desejado. Quando, na verdade, as maiores prejudicadas são elas próprias, tachadas de vulgares e condenadas a pular de galho em galho, nunca encontrando-se com a felicidade que buscam. Não há maldade em suas atitudes e sim ingenuidade, em pensar que abusando de seu poder de sedução, podem prender quem se quer conquistar. Transformam-se em objetos, são usadas e descartadas, tudo por não saberem utilizar o charme natural com que foram presenteadas.

A conquista da liberação feminina é muito importante a todas nós, e deve ser mantida por séculos e séculos, porque as mulheres sofrem preconceito até hoje e precisam constantemente provar sua capacidade e competência, o que não é difícil para muitas. Mas, infelizmente, houve uma confusão, e tem mulher pensando que liberação é o mesmo que libertinagem. Essa moda pegou, e provocou uma escassez dos “ Don Juans”, afinal quem precisa investir na conquista quando o objetivo a ser conquistado, já se entrega de imediato?

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* jornalista

SEXO É MUITO COMPLEXO

por ALEXANDRE SAADEH*

Sexo, que deveria ser algo tranqüilo e afetivo, quase sempre é um problema na vida de um ser humano em alguma fase da vida. Para ser bem sincero, sexo tem tudo para dar errado e a eterna busca pela “normalidade” é um sonho bem distante!
Mas pensem comigo...

Tudo começa com o desenvolvimento embrionário a partir de genes e cromossomos. Esse desenvolvimento pode ser alterado em qualquer fase, o que pode originar um ser humano com genitália ambígua, um intersexo, antigamente chamado de pseudo-hermafrodita ou hermafrodita. Se tudo correu bem e a criança nasceu sem anomalia alguma em sua genitália, começa o processo de identidade sexual ou de gênero, que nada mais é do que a certeza psicológica de ser homem ou mulher. Acredita-se, hoje em dia, que isso começa na formação do feto, por fatores biológicos e se concretiza na primeira infância por fatores psicológicos e de relacionamento com a mãe e o pai.

Definida a identidade, inicia-se, em paralelo, a definição da orientação sexual, que nada mais é do que a clareza que se tem de se ter desejo por alguém do mesmo sexo (homossexualidade), do

outro (heterossexualidade) ou dos dois (bissexualidade).


A coisa não acaba por aqui...

Existem pessoas que apesar de tudo isso definido, têm “apetites”, desejos, tesões específicos, chamados de parafilias. Ter prazer em sofrer, infligir sofrimento, observar pessoas em atividade sexual sem que elas saibam, em crianças, etc, são alguns dos exemplos possíveis (a variedade é enorme...).

Depois existem ainda os problemas no desempenho sexual propriamente dito, que nada mais são do que a disfunção erétil, a antigamente chamada de ejaculação precoce, perda de desejo sexual, vaginismo, dispareunia, etc.

Se ainda não bastasse, restam as crenças culturais que só fazem atrapalhar a vida sexual das pessoas. Questões como tamanho do pênis, sexo com afeto ou sem, querer gozar juntos, valores morais e religiosos ligados à masturbação, etc.


Por tudo exposto, acho que é possível perceber que ter uma sexualidade tranqüila exige de qualquer um, maturidade e paz de espírito, além de sorte, dedicação e uma formação anatômica bem feita. A questão biológica é imponderável, mas as outras necessitam nosso empenho e desenvolvimento pessoal para desprezar preconceitos e valores obsoletos. Muito da sexualidade não é opção, não é escolha, um outro tanto é se livrar das crenças e valores populares e morais. E não esquecer que sexo solitário é masturbatório; sexo a dois é aquele que respeita desejos e disponibilidades específicas. E aí, não tem certo ou errado, só o possível para cada um dos componentes da transa.
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* psiquiatra e doutor em sexologia

O VAQUEIRO NORDESTINO

por AURIANE BRITO*


O que você pensa quando alguém fala a palavra VAQUEIRO?

Não falo do vaqueiro que leva esse nome por laçar boi em arenas e que ganha prêmios por isso. Falo da profissão de vaqueiro e de sua pessoa corajosa, humilde e de fé.


Um vaqueiro normalmente aprendeu a profissão de tanger o gado com seu pai e com o mesmo também aprendeu a honrar o nome de sertanejo.


O vaqueiro é um eterno apaixonado!


Saindo de casa, muitas vezes ainda com o sol escondido, se alimenta da comida mais forte para manter a força que deve durar até a última hora de trabalho. Percorre muitos quilômetros levando o gado para tomar água na época de seca e conhece as trilhas da vegetação caatinga como ninguém.


É um homem forte e lutador por vários motivos: viver a vida enfrentando o sol, lutar contra o desfavorecimento da vegetação repleta de espinhos e, em alguns casos, passar vários dias sem ver a família.


Possui uma vestimenta curiosa: gibão, chapéu de coro, peitoral, perneiras, luvas, botinas e jaleco (para épocas de festas), todos os itens produzidos com muito cuidado com a pele do bode.


Tem a natureza sua principal companheira e o compromisso com o trabalho uma prioridade.


Em sua homenagem, vários cantores poetizam a vida do vaqueiro e sua valentia. Anualmente, ocorre as missas cantadas no tom bem especial dedicadas a eles e entregando seus instrumentos de trabalho como ofertas apresentadas no altar da igreja na qual é armada comumente em praças públicas para facilitar a participação de tantas pessoas e seus animais.


A literatura nordestina também enfatiza o significado do vaqueiro do sertão e sua importância na cultura nordestina, em especial o livro de Euclides da Cunha “Os Sertões”: o sertanejo é, antes de tudo, um forte.


Portanto, se algum dia você quiser fazer um ecoturismo pela Caatinga, não deixe de chamar um vaqueiro. Ele entende sobre veterinária, biologia, geografia, meteorologia, etc. Ele vive na prática o conhecimento teórico que todos estudantes dos cursos já citados estudam durante o período de faculdade.


Apesar de grande parte da população urbana não conhecer seu valor, o vaqueiro é importante no meio rural e sua profissão precisa ser mais respeitada.

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* professora de Geografia

A VILA INGLESA DE SANTO ANDRÉ

por Cyro Saadeh*
Quem não conhece Paranapiacaba, uma pequena vila pertencente ao município de Santo André e que fica a uma hora de S. Paulo, não sabe o que está perdendo.
Lá é um lugar quase sempre repleto de neblina, onde os vagões abandonados criam uma aura fantástica, de verdadeiro filme de arte. Não é a toa que diversos fotógrafos e cineastas optam por realizar trabalhos naquele lugar contagiante.
Antiga vila inglesa, onde muitos imigrantes britânicos moraram para concretizar a Ferrovia que ligaria S. Paulo a Santos, Paranapiacaba já foi movimentada, com clube noturno e tudo o que uma cidade precisa.

Hoje, a cidade vive do turismo ferroviário, com locomotiva a vapor e museu. Mas não é só isso que atrai gente para a cidade. Muitas antigas casas de ferroviários (peões e engenheiros) estão conservadas, através de um convênio com a Prefeitura. A maior parte dos habitantes, que antes eram invasores, optou por trabalhar com comércio destinado ao turismo, também num acordo com a Prefeitura de Santo André, a qual concede nestes casos a permissibilidade de pagamento de um aluguel praticamente simbólico, de tão baixo.
Essas casas que hoje estão sendo restauradas, há uma década pertenciam à RFFSA - Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima e estavam abandonadas, sem teto e com madeiras quebradas, tornando a cidade, já repleta de neblina, ainda mais fantasmagórica.
O falecido prefeito Celso Daniel, então, numa atitude ousada, optou por comprar as casas da rede, à época em que ela foi privatizada, e passou a fomentar o turismo local. De uns anos para cá foi criado o festival de inverno, com nomes famosos da Música Popular Brasileira e com um público para lá de jovem e fiel.
É um passeio ideal para crianças, de dia. À noite, a vila também vive, e como.
Repleta de pequenos restaurantes e cafés, possui ainda alguns bares "underground", como o Sótão, um lugar imperdível, diferente de tudo o que já se viu em S. Paulo. Mas é para quem não tem claustrofobia.

E uma notícia recente da CPTM promete tornar a vila ainda mais atrativa a partir do final deste ano. Será retomado, ao menos aos domingos, o trajeto entre a Estação da Luz e Paranapiacaba.
Tem criança em casa ou é um verdadeiro moleque? Então, não perca este passeio verdadeiramente agradável e barato.
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* jornalista

BAIRRO DOS ESPETOS

Você já deve ter ouvido falar em alguma "casa do espeto". A primeira que surgiu, em 2003, fica na rua Cotoxó, num lugar bonito e repleto de árvores. É um bar/restaurante badalado, bom para ir e comer um pouco. Se estiver com muita fome, opte por uma churrascaria, pois sai mais barato. Variedades a casa tem de monte, mas não só de carne. Tem espetos doces, vegetarianos, de camarão e por aí vai. Conseguiram criar de tudo um pouco, o que atraiu um público jovem e bonito.
A idéia deu tão certo que hoje tem muitas casas que tentaram copiar a fórmula, mas bota muitas nisso. Até o famoso "Espetinhos Mimi" está estabelecido no bairro, lá na avenida Pompéia.
É só andar um pouco pelo bairro que se percebe que a cada duas quadras tem uma casa do espeto. Até espeto de rua tem. Imagine você numa casa do tipo, que prefiro não citar o nome, e olhar para a frente e ver um churrasqueiro de rua fazendo aquela fumaceira toda. Até isso tem no bairro. Tem espetos de todos os tipos e para todos os gostos e bolsos.
Se você não mora na Pompéia, está aí um bom motivo para ir até o bairro e, de quebra, fazer um programa cultural interessante, seja no Sesc, seja no Espaço Unibanco.
E depois comente se conhece um bairro ou cidade que tenha tantas casas do Espeto, assim. E não estou exagerando, não. Num único dia que resolvi caminhar pelo bairro contei mais de oito, em um curto espaço e pedaço de tempo.
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por Cyro Saadeh - jornalista

CRIANÇAS DESAPARECIDAS

Uma das situações mais dramáticas ocorre quando se perde uma criança. O desaparecimento de um filho ou parente cria traumas de difícil solução. Muitos casos de crianças que somem ou se perdem, no entanto, têm um final feliz, graças à rápida atuação da família e à procura de ajuda no local certo. Abaixo a relação de lugares que se deve buscar, independentemente da busca imediata por ajuda. Primeiramente, ligue para a polícia militar (190) e procure auxílio. Além disso, há uma página onde é possível postar a foto da criança perdida: http://www.desaparecidos.mj.gov.br/Desaparecidos/


1) CONDECA São Paulo - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
Rua Antonio de Godoi, 122 - 7º andar - São Paulo - SP - CEP 01034-000 Fone/Fax: (11) 3222-4441 - 3223-9346 - 3361-3433 - 3361-8451
atendimentocondeca@condeca.sp.gov.br


2) CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Rua Líbero Badaró, nº 119 - 2º andar - CentroCep 01009-000Telefones: 3113-9651 / 3113-9660 / 3113-9649 Fax: 3113-9690E-mail: cmdca@prefeitura.sp.gov.br


3) CONSELHOS TUTELARES
Veja a lista completa (para S. Paulo) na página http://portal.prefeitura.sp.gov.br/cidadania/conselhosecoordenadorias/cmdca/conselhos_tutelares/0001


4) Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD)
Telefone:
3337-3331
faleconosco@maesdase.org.br



5) Secretaria Especial dos Direitos Humanos
(Presidência da República)
(61) 3429-3505
3429-3927



6) SEDH/SPDCA - Coordenação Nacional da ReDESAP
Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Ed. Anexo II, 4º andar, sala 420, Brasília/DF, CEP 70064-900. Fone (61)3429.9336
Denúncia:
(scannear foto)
http://www.desaparecidos.mj.gov.br/Desaparecidos/



7) Delegacia de Pessoas Desaparecidas de São Paulo
Telefone: ( 11) 3315-0147
Rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar (09hs00 às 19hs00)
levar BO e foto da criança
pessoasdesaparecidas@ssp.sp.gov.br

EDITORIAL



Este é um jornal voltado à cidadania, do começo ao fim. Aqui você encontra as informações necessárias para o dia-a-dia e para também o exercício da vida cidadã.


Fazemos referência a praticamente todos os órgãos sérios de mídia, dando destaque às notícias que você não encontra na grande imprensa. Somos e fazemos um jornal voltado às pessoas e não às empresas. Fazemos questão de ter um jornal que se importa com o dia-a-dia da humanidade e de cada um dos que a compõem. Esta é a razão primeira da imprensa, o que anda um pouco esquecido pelos grandes órgãos. Nós do JP estamos para servir e não massificar, para alcançar a verdade em prol da humanidade.


Leia e participe do JP, o jornal da cidadania que não pára de crescer, ainda que lentamente. Escreva para nós, bote a boca no trombone, denuncie, reclame e opine. Para nós, a notícia é muito mais que um conjunto frio de palavras. É, sim, a sintonia da descoberta. É um novo mundo que se desvenda. É a descoberta de inúmeros segredos. É a fragilização da alma com tantos infortúnios. É o fortalecimento do cérebro com tantas razões que se tornaram visíveis. É a verdade colocada a todos! Fique com o JP e acesse-o diariamente. Aqui a notícia não é um fato jogado ao vento, mas sim cada detalhe de cada uma das sensações e necessidades humanas.


O nosso compromisso não é e nunca foi com ideologias ou o poder, mas tão somente com a verdade que nos torna mais... humanos.

ESTRÉIA DA COLUNA CARICATURA E HQs

Efeitos de computador sobre fotografia do ACNUR
CRIANÇAS AFEGÃS REFUGIADAS

O BEIJO!!!

por LÚ MATOS*

Nesses meus momentos românticos resolvi homenagear o "beijo".

Colhi algumas informações sobre beijo e gostaria de compartilhar com vocês!

Beijem, beijem, beijem. Não há nada mais gostoso que beijo na boca!

Eu sou beijoqueira, e vc?

A palavra beijo é derivada do latim e pode adquirir três formas: "basium" que é o beijo mais romântico e apaixonado, aquele que é dado na boca; "saevium", que é o beijo delicado e terno; e "osculum", o que é dado na face.

O ato em si é capaz de movimentar 29 músculos, 12 dos lábios e 17 da língua. Durante um beijo, a pulsação cardíaca pode subir para algo em torno de 150 batimentos por minuto. Também ajuda a queimar calorias, de três a 15, num beijo bem intenso.


Beijo Francês

Em um documento intitulado "O beijo francês (french kiss), beijo de língua num dia chuvoso", a organização enfatiza que os beijos que trazem mais benefícios para a saúde e para combater a tristeza não são aqueles em que só os lábios se tocam, sem muita paixão ou emoção. Quanto mais "excitantes" e apaixonados são os beijos, "mais adrenalina é liberada no sangue" e maiores são os benefícios para a saúde, garante a organização britânica.


A sexóloga britânica Denise Knowles, que trabalha como assessora de terapia sexual da Relate, afirma que os benefícios para a saúde de um beijo apaixonado ocorrem porque uma forte liberação de adrenalina causa aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

Por este motivo, Knowles lamenta que o beijo seja freqüentemente relegado nas relações amorosas, em uma sociedade em que as pessoas querem, sobretudo, ter um "bom sexo". "No entanto, o beijo traz tanto bem-estar e prazer quanto um bom sexo, e é mais fácil, podendo ser desfrutado na intimidade ou em público", diz a especialista.

Há beijos fingidos ou frios, ardentes, por obrigação ou superdesejados. Existem os aderentes, provocantes, sonoros, secos e molhados. Existem, enfim, milhares de formas de beijar e neste assunto sempre haverá o que aprender.

O melhor beijo é o beijo desejado! O beijo que me completa, o beijo com o sabor de desejo na flor da minha pele. O beijo da minha vontade, o beijo que faz a minha boca e o meu corpo desejarem um novo beijo outra vez.

O melhor beijo é o beijo sem tempo,o tempo não conta. Enquanto se beija, o tempo pára, o tempo freia.


Então....besame mucho y siempre!

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* jornalista

DICA DE CINEMA

DO OUTRO LADO (2007)

Alemanha / Turquia. Direção e roteiro: Fatih Akin


Resenha da Mostra Internacional de Cinema de 2007:
"O jovem Nejat não aprova o relacionamento de seu pai viúvo com a prostituta Yeter. Mas ele acaba simpatizando com ela ao descobrir que Yeter envia dinheiro para a Turquia, a fim de pagar os estudos universitários da filha. A morte súbita de Yeter distancia pai e filho. Nejat viaja então a Istambul para procurar por Ayten, a filha de Yeter. Mas a jovem, uma ativista política, fugiu da polícia turca e está agora na Alemanha. Ela se torna amiga de Lotte, que a acolhe em casa, a contragosto de sua conservadora mãe. Quando Ayten é presa e seu pedido de asilo negado, acaba sendo deportada. Lotte viaja à Turquia, onde se envolve com a situação aparentemente sem esperanças da amiga. O filme ganhou o prêmio de melhor roteiro no festival de Cannes 2007".

Cidadania: tempos e espaços de um processo em construção

por MARLI OLIVEIRA DE CARVALHO *



Inicio essa nossa conversa citando a frase do sábio escritor e pensador da Primeira República Lima Barreto (1881-1922) que dizia e repetia que : “o Brasil não tem povo, tem público”. Já naquela época sua fala registrava que o nosso povo apenas assistia a cena,ou seja,viu o desenrolar dos acontecimentos sem jamais participar do processo histórico propriamente dito.

Tomo a liberdade de lembrar o nosso histórico de país colonizado e explorado, onde os seus nativos foram calados e/ou mortos num dos maiores genocídios ocorridos na Humanidade.

Desde o período colonial toda e qualquer manifestação popular foi entendida como revolta, rebeldia ou arruaça e os seus líderes foram punidos ou mortos: estão aí o Tiradentes e o Antonio Conselheiro que não me deixam mentir.
Nos 67 anos de Império que aqui tivemos (de 1822 com a Independência a 1889 com a Proclamação da República);não haviam eleições pois o poder exercido pelo Imperador era hereditário e vitalício. O voto para o Senado era censitário, ou seja, só votavam os senhores de terra e o povo ficava fora do processo eleitoral.
A partir do período republicano um tímido esboço de cidadania surgiu, através do voto popular, garantido por lei com a constituição de l891.
Durante a primeira República (1889-1930) votava-se no candidato que o “coronel” determinava, era o chamado voto de cabresto ou voto aberto,e o eleitorado compunha o “curral eleitoral” das lideranças políticas regionais.
No decorrer de cinco séculos de História, a participação do povo brasileiro foi desestimulada, desarticulada e desorganizada o que gerou um sentimento popular de descrença em sua capacidade de lutar por seus direitos.
Hoje sabemos que o exercício da cidadania é um processo contínuo, construído e aprimorado a cada eleição, e esperamos que o eleitor de 2008 também já tenha consciência disto.
Termino aqui lembrando o compositor Almir Satter quando diz ”Cada um de nós compõe a sua história” e afirmo que a nossa História continua sendo escrita por cada um de nós, cidadãos brasileiros que, através do voto cumprimos nosso papel de agentes construtores da sociedade Brasileira.

*Pesquisadora da MPB, Professora de História, autora do livro “Cantando a História – a MPB na sala de aula” e uma estudiosa apaixonada da construção da identidade nacional brasileira.

Tevê, você vê, não vê........

por FABI ARRUDA*


Confesso que gostaria de estrear a coluna Tevê de uma maneira marcante e que antes de falar sobre o lado fascinante da Televisão, dar dicas de Tv e comentar todos os tipos de assunto gostaria de explicar o que é este mundo “fascinante”. Quando coloco entre aspas é porque este meio de comunicação só vale a pena pra quem é apaixonado em fazê-lo, caso contrário se torna uma grande arma para os oportunistas que entram nas casas sem pedir licença e dali constroem o ser humano que bem entendem.

Não fique traumatizado por ler este conteúdo. Mesmo sendo um tanto impactante o fará refletir bem aquilo que deseja ou não que faça parte do seu cotidiano, afinal, devemos conhecer os dois lados da moeda antes de fazer uma escolha.

Esta escolha não diz respeito ao canal que gostaria de assistir, nem mesmo ao profissional que você vê ali do outro lado da telinha e se simpatiza, mas sim, de que maneira você gostaria de assisti-lo.

Quando assistimos um programa de televisão, uma tele- novela, um telejornal, um filme, comprovamos aquilo que os especialistas chamam de “identificação projetiva”. Está bem, eu explico: É aquela velha história, aquela vontade louca que você tem de acertar com um soco na vizinha que todos os dias varre o lixo da calçada dela para a sua ou o vizinho que sempre estaciona o carro na frente da sua garagem. Sabe aquele soco que você só vê na Tv? Pois é.

Este soco forma cidadãos, porém, só quando mal instruídos torna-se algo negativo. Mas olha só que coincidência: Estes cidadãos também inspiram os profissionais da Televisão a produzirem cada vez mais trabalhos que expressam o cotidiano. Afinal, quanto mais próximo da realidade, mais ibope.

Não podemos negar que da mesma forma acontecem coisas boas, conteúdos que realmente inspiram as pessoas para um mundo melhor, mas que ainda são a minoria.

Saiba, meu querido telespectador, que o futuro da Televisão é você quem faz, e que se realmente tiverem essa consciência, muita coisa irá mudar. Estamos numa época em que antes de acreditarem piamente nos que assistem na TV acreditem piamente num futuro melhor. Te garanto, como profissional desta fábrica de sonhos: Estamos em suas mãos!

Bem-vindo!
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* jornalista

CABELOS DE CELEBRIDADE

por Schismene Freitas *

Queridas amigas, quem é que não quer poder jogar os cabelos livres de um lado para o outro bonito e saudável?


Todas nós, não é mesmo. Então é com grande prazer que revelo receitas de cremes caseiros, tratamentos e orientações que vão deixar suas madeixas soltas, livres, no volume, textura e comprimento que você sempre sonhou.

Sempre que o meu cabelo está detonado, eu recorro a uma milagrosa planta que é a nossa querida babosa que reconstrói os fios, dá brilho e ajuda a evitar a queda de cabelos.

Então vamos a seguinte receita para dar brilho e maciez: 2 folhas de babosa bem lavadas, 100ml de água mineral e 1 colher (sopa) de óleo mineral.

Tire aquele liquido melado e bata todos os ingredientes no liquidificador até formar uma consistência homogênea. Passe a máscara no cabelo, cubra com papel laminado e deixe agir por 20 minutos, enxágüe bem a madeixa e desembarace com um creme apropriado para seu tipo de cabelo.

Contra queda de cabelo, lave bem as folhas, removendo os espinhos e cortando-as em seguida. Passe a parte cortada por todo o couro cabeludo e também nos fios. Massageie os cabelos e deixe agir por 1 hora e depois enxágüe com água morna. Por fim, passe um creme de sua preferência e torne a enxaguar.

Coquetel milagroso que fortalece e faz crescer: para a lavagem dos cabelos um use xampu que agrade mais. Para o creme você vai precisar de 1 ampola de extrato de babosa, 2 ampolas de vitamina A (AROVIT), 3 colheres (sopa) de tutano de boi (natural ou de perfumaria), 1 ampola de pantenol, 1 ampola de queratina, ceramidas e vitamina C e 500 gramas de creme restaurador ou hidratante.

Misture todos os ingredientes no pote de creme e se tiver reparador de pontas, adicione umas gotinhas.

Passe uma generosa quantidade do novo creme em todo o cabelo e envolva-o em touca térmica ou papel alumínio e deixe agir de 20 à 45 minutos, enxágüe muito bem e seguir com água fria e boa festa!

Depois dessa UTI capilar eu duvido que seus cabelos continuem sem brilho e quebradiços, mas para que isso aconteça e os cabelos se mantenham saudáveis é necessário fazer o tratamento pelo menos a cada 15 dias e fique pronta para brilhar como as estrelas.
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* jornalista, modelo e atriz

EDITORIAL

O CASO DANTAS

Daniel Valente Dantas é um investidor em empresas e no mercado financeiro que enriqueceu rapidamente. Da década de 90 para cá tornou-se uma importante figura no mercado de investimentos e que mantém relações com figuras políticas de peso e alguns de seus parentes. Isso é fato. Sua fortuna é alvo de polêmica, bem como suas atitudes.

Ele é acusado de fazer escutas clandestinas em grandes empresas e no próprio governo, de comandar uma quadrilha que pretenderia, ao mesmo tempo, ter ramificações políticas e importância estratégica no mercado financeiro.
Dizem os policiais que ele seria o chefe de uma espécie de PCC dos ricos, onde não haveria crimes de sangue, mas sim de corrupção e de delitos que dificilmente deixam rastros evidentes.
Como os crimes de que o figurão é acusado são de difícil comprovação, onde é necessário sutileza na apreciação dos fatos, a cautela era de rigor. Mas parece que não houve tanta calma, assim. A opinião pública é importante, sim, para assegurar que intervenções políticas não alterem o rumo das investigações e do próprio processo, mas em princípio teria havido um pouco de precipitação ou, quem sabe, de desespero, face às más condições de trabalho a que eram submetidos os delegados. Faltava pessoal para a análise de dados técnicos.
Para quem não sabe, uma investigação de tráfico pela Polícia Federal pode demorar mais de seis longos anos. Não, não se trata de burocracia, mas de paciência na coleta de provas. Quem é da área jurídica sabe que para garantir uma condenação é requisito haver provas consistentes, não adiantando ações precipitadas pelos investigadores.
Importante saber: haveria necessidade de coletar-se mais provas quando se sabe que os crimes de que DVD é acusado não deixam muitos vestígios? Seria necessário aguardar-se ainda mais interceptações telefônicas e de dados? Parece-me que não.
O estopim foi a tentativa de corrupção ativa do delegado que presidia o inquérito policial. Parecia evidente que os indiciados ou alguns deles já saberiam da existência do inquérito e dos investigadores. Mas não é só.
Como o caso em questão envolveria interesses de Estado, com fortes indícios de envolvimento de figuras públicas e de pessoas próximas, atos de corrupção, contratação de empresas estrangeiras de espionagem e graves crimes financeiros, ou seja, ações típicas de uma verdadeira organização criminosa atuante nas diversas esferas políticas do país, a ABIN aparentemente monitorava o caso e por isso teria sido chamada a acompanhar a detenção dos figurões de nossa elite econômica. Parece ser essa a razão do principal delegado responsável pelas apurações criminosas ter solicitado a colaboração da ABIN na prisão dos figurões da elite nacional.
Como se sabe, as inteligências da Polícia Federal, da Receita Federal e do Banco Central analisavam e coletavam provas contra as pessoas envolvidas no inquérito tão divulgado na mídia. E a ABIN, como órgão central do sistema de inteligência, também intervinha ou deveria intervir.
A questão, em princípio, é de segurança do Estado. E não se trata de Estado totalitário, já que vivemos em uma democracia, mas de assegurar a própria ordem democrática contra, segundo é asseverado no inquérito, uma organização que pretenderia tomar conta de parcela considerável da riqueza do país através de laços políticos, corrupção, interceptações clandestinas de telefone e de dados, manipulação de jornalistas e plantação de falsas informações nas bolsas de investimentos.
A questão, prezado leitor, fugiria assim da mera esfera judicial, para alcançar interesses maiores, do próprio Estado Democrático de Direito. Fique alerta, redobre a atenção, leia o inquérito que foi disponibilizado por um site jurídico (conjur) e se informe a respeito do caso nos principais veículos de informação e também na mídia alternativa. O Brasil que sonhamos, justo para todos e democrático, depende da atitude concreta e das manifestações de cada um de nós.

Rodovia interoceânica vai permitir aumento das exportações

Este é um país cuja economia não pára de crescer. Exportamos mais veículos, biocombustíveis e produção agrícola. Mas viver de glórias não implicará na garantia de mais empregos. Pensando grande, o governo federal tenta implementar o que chama de rodovia interoceânica, tudo para facilitar as exportações brasileiras. Que venham a 3ª e 7ª Frotas Estadunidenses do Pacífico e a 4ª do Atlântico. Que saibam que o Brasil está se livrando do cerco econômico a que foi colocado e que dentro de duas décadas será uma das 5 maiores economias do planeta, isso se não houver contratempos políticos que podem ser criados artificialmente justamente para nos fazer retornar à redoma que hoje rompemos. Veja a interessante matéria a seguir sobre a Rodovia Interoceânica.
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ANBA - Agência de Notícias Brasil-Árabe
18/07/2008 - 07:00
Um corredor rodoviário, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, com cerca de 3 mil quilômetros, vai facilitar o escoamento da produção do setor agrícola brasileiro, especialmente para Ásia.
A construção de um corredor rodoviário, que ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico, vai facilitar o escoamento da produção do setor agrícola e viabilizar o crescimento das exportações de grãos brasileiros, principalmente para Ásia. Com cerca de três mil quilômetros de extensão, a rodovia, que vai percorrer o Brasil, Bolívia e Chile, deverá ser inaugurada em setembro de 2009. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).Produtos como cana-de-açúcar, soja e algodão deverão ser os principais beneficiados pela iniciativa. A pecuária em grande escala e a agroindústria também sentirão os efeitos positivos da nova rodovia. O governo estima que a comercialização internacional de grãos deverá atingir 135 milhões de toneladas a partir de 2010.Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Márcio Portocarrero, o transporte é um dos maiores gargalos da produção agropecuária brasileira enfrentados atualmente e, com a nova via, o acesso ao mercado asiático, por exemplo, que é um grande consumidor dos produtos brasileiros, ficará mais fácil.Outra vantagem do escoamento pelo oceano Pacífico é que haverá uma redução de cerca de sete mil quilômetros de rota marítima em relação ao percurso feito atualmente pelo Oceano Atlântico.A principal vantagem da rodovia, segundo Portocarrero, será a redução no custo do transporte. Comparando o Brasil aos Estados Unidos, maior produtor mundial de soja, o País gasta até dez vezes mais para transportar até a China uma tonelada de soja produzida nos estados da região Centro-Oeste.No Brasil, o governo está investindo R$ 340 milhões nas obras da rodovia, que terá uma extensão de 1,5 mil quilômetros, que se estende para Bolívia, com 1,6 mil quilômetro, e pelo Chile, que participa do projeto com mais 233 quilômetros. De uma ponta à outra, o corredor liga o porto de Santos, em São Paulo, aos portos de Arica e Iquique, no Chile.

FÉRIAS SE APROXIMANDO?

As férias estão se aproximando e você não sabe para onde ir, acertei? As estradas paulistas são uma boa alternativa. Se você tem dúvidas do caminho, consulte a página domínio público e baixe o mapa rodoviário do Estado de São Paulo (a página é pesada e demora a abrir, devido ao detalhamento das estradas)

Países árabes são parceiros fundamentais

- No Líbano, Lula e Marisa estiveram em Byblos, uma das cidades mais antigas do país - Ricardo Stuckert/PR


O Brasil vem adotando uma posição mais combativa no cenário internacional, inclusive no tocante ao comércio exterior. Alguns dizem que Lula vende bem a imagem do Brasil, outros que ele tem o espírito de mascate enquanto terceiros notam que o Celso Amorim é o grande estrategista do Planalto. Seja como for, o importante é que o Brasil não está estacionado geopoliticamente, como ocorreu por longo tempo de nossa história.


Veja a seguir a importante entrevista que o Presidente Lula concedeu ao repórter Joel Santos Guimarães da ANBA- Agência de Notícias Brasil-Árabe, publicada no dia 18/06/2008, às 07h00, na página da agência noticiosa (www.anba.com.br)

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Em 2003, Lula visitou cinco nações árabes. Em 2005, esteve na Argélia. Os resultados dessa política externa têm sido o aumento freqüente das exportações e o crescente interesse dos árabes pelo Brasil.


A conquista de novos mercados, linha mestra da política de comércio exterior do governo, é uma das razões do crescimento das exportações brasileiras. A análise é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em entrevista à ANBA, avaliou a participação do Brasil no mercado internacional, cujo crescimento nos últimos cinco anos ele atribuiu à manutenção dos parceiros tradicionais e a entrada cada vez maior dos produtos brasileiros em novos mercados. Entre eles, o presidente destacou os países árabes, que hoje já são o quinto maior parceiro comercial do Brasil. “A busca por novos mercados constitui uma das principais motivações para a forte expansão do comércio brasileiro nos últimos anos”, avalia o presidente.Segundo ele, o Brasil, além de ampliar o número de parceiros comerciais, ficou menos dependente dos chamados mercados tradicionais, os países desenvolvidos. Para o presidente, isto foi de importância estratégica, pois permitiu ao Brasil evitar o impacto maior da atual desaceleração econômica nos EUA, de cujo mercado o Brasil hoje não é “fortemente dependente”.Lula lembrou ainda que o país, além de ter ampliado seus mercados, agregou valor à sua pauta de exportações com as nações em desenvolvimento, inclusive do mundo árabe. O presidente garantiu que os países árabes são parceiros fundamentais para o Brasil e sua política de comércio exterior. Como exemplo, ele citou o crescimento, nos últimos cinco anos, das exportações brasileiras para aquela região do mundo. Em 2003, quando Lula visitou cinco países árabes, as exportações brasileiras para os 22 países árabes somavam US$ 2,5 bilhões, saltando para US$ 7 bilhões em 2007, um crescimento de 180 % nesses cinco anos. Nesse período, o crescimento das vendas para os países árabes foi maior que o das exportações brasileiras como um todo.Para esse ano, de acordo com as projeções dos exportadores, as vendas externas do Brasil para os países árabes devem chegar a US$ 7,7 bilhões. “Não tenho dúvidas de que, em linha com o crescimento das relações Sul-Sul, este intercâmbio seguirá ganhando dinamismo em benefício da integração de nossas economias”, afirmou Lula.O presidente destacou ainda a contribuição da Câmara de Comércio Árabe Brasileira para o crescimento das relações comerciais entre o Brasil e os países da Liga Árabe. “A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira é uma instituição de importância crucial para nosso relacionamento com a região, pois é referência na cooperação comercial e cultural, além de ser parceira do governo no apoio a atividades que fomentam a aproximação entre o Brasil e as nações árabes”, disse. Leia abaixo a entrevista:


ANBA - Presidente, a política de comércio exterior de seu governo tem resultado no aumento das exportações brasileiras. O Brasil, ao mesmo tempo em que manteve seus parceiros tradicionais, buscou novos mercados, entre eles os países árabes. Até que ponto isso contribuiu para uma expansão das exportações brasileiras? Quais os resultados daquilo que o senhor costuma chamar de presidente caixeiro viajante?


Luiz Inácio Lula da Silva - A busca por novos mercados constitui uma das principais motivações para a forte expansão do comércio brasileiro nos últimos anos. Trata-se de instrumento de diversificação em dois aspectos. Em primeiro lugar, diversificamos nossos parceiros, de maneira que não estamos dependentes, como no passado, de poucos parceiros, sobretudo no mundo desenvolvido. Isto é de importância estratégica, pois nos permitiu evitar o impacto maior da atual desaceleração econômica nos EUA, de cujo mercado não somos mais fortemente dependentes. Em segundo lugar, diversificamos nossas exportações, uma vez que em nossa pauta com os países em desenvolvimento, inclusive do mundo árabe, se destacam produtos industrializados. Não tenho dúvidas de que, em linha com o crescimento das relações Sul-Sul, este intercâmbio seguirá ganhando dinamismo em benefício da integração de nossas economias.




ANBA - Em 2003, o senhor visitou vários países árabes. Foi o primeiro presidente brasileiro a visitar aquela região do mundo. Antes, só D. Pedro II. A partir daí houve uma expansão do comércio entre Brasil e países árabes. Qual o balanço que o senhor faz das relações comerciais entre Brasil e árabes?


LILS - Visitei cinco países árabes no primeiro ano do meu mandato (Síria, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Egito e Líbia). Naquele período, nossas exportações para a região somavam US$ 2,5 bilhões. Já em 2005, realizamos em Brasília a 1ª Cúpula América do Sul - Países Árabes. Em termos comerciais, os resultados dessa aproximação são visíveis: exportamos, no ano passado, US$ 7 bilhões para os países árabes. A ampliação do nosso comércio tem sido mutuamente benéfica, pois importamos, em 2007, um montante similar da região. Além de alimentos, estamos exportando para esses países produtos manufaturados, com alto valor agregado, como veículos e aviões. Isso confere valor qualitativo e estratégico à nossa parceria comercial com os países árabes.




ANBA - Não teria chegado o momento de o Brasil buscar investimentos árabes para a cadeia produtiva da economia brasileira?


LILS - Temos de aproveitar as diversas oportunidades comerciais e de investimentos no mundo árabe, da mesma forma que buscamos atrair investimentos árabes para o Brasil. O ministro Celso Amorim visitou vários países da região. Temos feito esforço de divulgar oportunidades de investimentos nos mais variados setores de nossa economia e incentivado contatos entre as comunidades empresariais dos nossos países, como por meio de missões empresariais organizadas por governos de diversos estados brasileiros. A recente abertura de conexões aéreas diretas entre o Brasil e a região será certamente um poderoso incentivo para intensificar os contatos empresarias e explorar as oportunidades comerciais.




ANBA - O senhor fará novamente uma viagem ao mundo árabe? O que motivaria a decisão de viajar novamente à região?




LILS - Pretendo voltar ao mundo árabe tão logo seja possível. O que me motiva a dar continuidade a esses esforços de aproximação é o entusiasmo que essa política provoca na comunidade de cerca de 10 milhões de árabes e descendentes que temos no Brasil. Além de consolidar os avanços na área comercial, o Brasil está decidido a contribuir de forma mais intensa para as negociações de paz na região. O recente convite para o Brasil participar da Conferência de Paz de Annapolis, nos EUA, é demonstração de que o Brasil é cada vez mais visto como interlocutor relevante na região. Pensamos assim contribuir para o fortalecimento de um diálogo para a construção de um mundo mais pacífico, próspero e justo.




ANBA - Em sua opinião, qual a importância da Câmara de Comércio Árabe Brasileira nas relações comerciais entre árabes e brasileiros? O senhor acredita que a ação do governo foi o principal indutor do aumento do comércio com os árabes, ou o papel preponderante foi do setor privado?




LILS - A Câmara de Comércio Árabe Brasileira é uma instituição de importância crucial para nosso relacionamento com a região, pois é referência na cooperação comercial e cultural, além de ser parceira do governo no apoio a atividades que fomentam a aproximação entre o Brasil e as nações árabes. Nosso governo tem privilegiado a atuação conjunta com o setor privado por entender que nossos esforços são complementares. Se, por um lado, as ações governamentais podem abrir caminhos para a iniciativa privada, também é verdade que o diálogo entre o governo e o empresariado permite uma melhor definição das estratégias prioritárias. Percebemos, por outro lado, que os empresários estão atentos aos sinais emitidos pelo governo no campo da política externa e dispostos a explorar as iniciativas governamentais, dando sentido concreto às intenções dos governos de promover laços comerciais mais fortes.

ANBA - Quando o senhor colocou a aproximação com os países árabes como uma das estratégias da sua política internacional, o que o senhor tinha em mente?




LILS - As iniciativas que tomamos são uma demonstração de confiança no diálogo para aproximar países distantes e culturas distintas, mas que têm percepções similares sobre os desafios para os países em desenvolvimento no mundo contemporâneo. Essas iniciativas, conforme apontei, provocam grande entusiasmo na comunidade de descendentes de árabes no Brasil. Precisamos valorizar esse patrimônio humano para abrir um novo capítulo das nossas relações. Temos aspirações em comum. Vamos dialogar e unir forças. Queremos formar parcerias baseadas não somente na complementaridade das economias, como também na convergência de posições no plano político. Nosso diálogo com o mundo árabe, além de reforçar a cooperação do eixo Sul-Sul, consolida a tendência de caminharmos na direção da multipolaridade, como resultado da diversificação de eixos regionais.




ANBA - Que papel o senhor acha que o Brasil pode ter na resolução de conflitos no Oriente Médio, especialmente na Palestina?




LILS - Podemos ajudar porque contamos com credibilidade e imparcialidade. O Brasil é um exemplo de convivência pacífica entre árabes e judeus. Sempre defendemos a solução pacífica para os conflitos. Nossa eqüidistância e aptidão para promover o diálogo nos credenciam a desempenhar um papel cada vez mais ativo no processo de paz israelo-palestino. Apoiamos a criação de um Estado palestino independente e temos nos aproximado cada vez mais do mundo árabe, sem que isso prejudique as excelentes relações que mantemos com Israel. É por essas razões – conforme dito anteriormente – que fomos um dos poucos países em desenvolvimento fora do grupo árabe convidados a participar da Conferência de Paz de Annapolis e da Conferência de Doadores de Paris, no final de 2007. A contribuição brasileira também inclui a cooperação técnica para o desenvolvimento e reconstrução dos Territórios Palestinos.Está programada para 2009 a segunda edição da Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA).




ANBA - Quais assuntos o senhor acha que devem ser discutidos pelos chefes de Estado e de governo durante o encontro?




LILS - Embora tenhamos avançado desde a 1ª Cúpula ASPA, há algumas áreas em que podemos concentrar esforços, como pesquisa científica, desenvolvimento de serviços especializados (por exemplo, automação bancária e engenharia) e investimentos em infra-estrutura. O mundo árabe, particularmente a região do Golfo, é hoje um grande canteiro de obras. Em todas essas áreas, temos ampla experiência. Mas a relação que queremos construir constitui uma via de mão dupla. São amplas as oportunidades de investimentos árabes no Brasil e na América do Sul. Acreditamos haver potencial também nas áreas de turismo, de cultura e de meio ambiente, particularmente no combate à desertificação. A 2ª Cúpula ASPA, que ocorrerá possivelmente no primeiro trimestre do próximo ano, em Doha, será mais uma oportunidade para aprofundar o diálogo político, diversificar as modalidades de cooperação e reiterar a prioridade que atribuímos à conclusão do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e o Conselho de Cooperação do Golfo.




ANBA - O senhor acredita que a primeira edição da Cúpula gerou uma aproximação efetiva entre países sul-americanos e árabes? O que foi acordado na ocasião realmente foi executado? A Cúpula está tendo a continuidade esperada?


LILS - Nos últimos três anos, desde a realização da 1ª Cúpula ASPA, em Brasília, já ocorreram mais de 20 encontros de alto nível para dar seguimento às decisões tomadas nas áreas de cooperação científica, econômica, cultural e de meio ambiente. Na mais recente reunião de chanceleres, ocorrida em Buenos Aires, em fevereiro passado, houve manifestação inequívoca de interesse de todos os países pela realização da 2ª Cúpula ASPA, em Doha.




ANBA - As relações comerciais entre árabes e sul-americanos avançaram? De que forma?




LILS - No plano econômico-comercial, a aproximação entre árabes e sul-americanos progrediu muito com a ASPA. O comércio entre os 34 países-membros do mecanismo vem crescendo continuamente, havendo alcançado US$ 20 bilhões, em 2007. O potencial é enorme. Somente no primeiro trimestre deste ano, as nossas exportações para a região cresceram 43%. O fluxo comercial deve ampliar-se ainda mais com a conclusão do Acordo de Livre Comércio ao qual já me referi. Os países árabes estão entre os maiores compradores da carne de frango brasileira, bem como de calçados, equipamentos, frutas, cosméticos, entre outros itens. No campo do turismo, o Brasil enviou, no curso de 2007, missões ao Catar, ao Kuwait e aos Emirados Árabes Unidos para promover nossos destinos. Ao final daquele ano, o fluxo de passageiros aumentou muito, culminando com a criação – já mencionada – de uma linha aérea direta entre São Paulo e Dubai, que será estendida, agora, a Buenos Aires, além de outras rotas já projetadas para a América do Sul.




ANBA - Presidente, pelo que o senhor coloca, as relações entre árabes e brasileiros não estão limitadas apenas ao comércio entre essas duas regiões.




LILS - O aprofundamento das relações entre Estados não deve ser avaliado exclusivamente pelo ângulo de resultados concretos e imediatos, mas sim como um processo de aproximação gradual, que leve em conta afinidades históricas, interesses comuns e seu potencial de realização. Exemplo disso é a programação cultural organizada pela ASPA, que ajuda a aproximar nossos povos. Outro exemplo é a exposição “Amrik – Presença Árabe na América do Sul”, que viajou pelo mundo árabe; a Biblioteca ASPA, instituição já em funcionamento na USP e que na Argélia contará com edifício próprio; o Instituto de Estudos e Pesquisas sobre a América do Sul, a ser instalado no Marrocos; e a edição do primeiro livro trilíngüe português-espanhol-árabe, sobre a viagem de um imã árabe ao Brasil em meados do século XIX.




ANBA - Em linhas gerais, qual a importância da ASPA?




LILS - A ASPA é um dos melhores exemplos de que nossas ações internacionais encontram seu fundamento último nos princípios éticos, humanistas e de justiça social que caracterizam as políticas que estamos implementando também no plano interno. E sua criação se insere em um contexto de um novo mapeamento internacional, em que as relações estão deixando de ser pautadas pelas grandes potências do Norte e passam a incorporar uma nova dimensão, de relações diretas entre países do Sul. A diversificação de relações dá estabilidade e segurança ao Brasil e aos demais países envolvidos.




ANBA - A sociedade civil tem participado nesse movimento de aproximação com os países árabes?




LILS - Todas essas ações têm nos aproximado, estimulando, em alguns casos, a própria sociedade civil a assumir as rédeas do processo. É o que vemos na iniciativa da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, de oferecer capacitação em comércio exterior a estudantes e técnicos árabes, em benefício do intercâmbio bi-regional.




ANBA - Desde 2005, o Mercosul negocia um acordo de livre comércio com o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), bloco formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã. No início, pensava-se que o tratado seria negociado com certa facilidade, uma vez que as economias do Golfo, a princípio, não competem com as economias do Cone Sul. Ocorre que até hoje, quase três anos depois, o acordo não foi fechado e, parece, por causa da GCC. Como avançar nesse acordo se o Mercosul tem receio de abrir o mercado para um dos únicos setores em que os árabes são realmente competitivos? Existe alguma previsão de quando o tratado poderá ser assinado e de qual será o seu conteúdo?




LILS - O acordo de livre comércio negociado com o GCC é visto pelo Brasil como passo fundamental na estratégia mais ampla de aproximação econômico-comercial do Mercosul com o mundo árabe, principalmente com países do Golfo, pelo seu potencial de comércio, não somente de bens, mas igualmente de serviços e investimentos. O nosso bloco também negocia com o Marrocos e com a Jordânia. Nessas negociações comerciais, temos buscado explorar fórmulas que contemplem os interesses de países do GCC e, ao mesmo tempo, preservem atividades indispensáveis ao desenvolvimento dos países do Mercosul. Essa é a orientação pela qual buscaremos um ponto de equilíbrio entre os interesses exportadores dos países do GCC no que diz respeito a produtos petroquímicos e a sensibilidade da indústria nacional nesse setor.Em sua recente visita à Arábia Saudita, o ministro Celso Amorim reafirmou a mensagem de que o Brasil atribui grande prioridade às negociações com o GCC, e que o país almeja trabalhar junto aos sócios do Mercosul para encontrar soluções viáveis para as naturais dificuldades do processo. Quanto ao prazo para a conclusão do acordo, as indicações são de que os detalhes finais poderiam ser finalizados com duas ou três rodadas adicionais, mas seria precipitado fazer previsões de tempo. No que diz respeito ao Brasil, temos urgência em concluir acordo que dará nova dimensão e dinamismo ao relacionamento inter-regional.

O CASO DANTAS E A MÍDIA ALTERNATIVA

por RODRIGO FIERRO*


Semana passada, juristas de todo Brasil e os meios de comunicação ficaram em polvorosa com a Operação Satiagraha da Polícia Federal, que levou à prisão, dentre outros, o banqueiro Daniel Dantas.

Pouco conhecido do grande público – pois, excetuando alguns veículos, digamos, mais independentes (principalmente a revista Carta Capital), sua aparição na chamada “grande mídia” era restringida a notas que não iam nada além de descrevê-lo como um bem-sucedido empresário – Daniel Dantas é uma figura emblemática da onda neoliberalista que tomou conta do país no final do século passado e início deste. Suas relações com o mundo da política tiveram inicio nas mãos do falecido Antonio Carlos Magalhães, posteriormente foi cogitado a ser ministro de Estado no governo Collor, gozou de amplo acesso no PSDB e no governo FHC (onde teria enriquecido com o processo de privatização do Sistema Telebrás, em 1998) e, conforme agora veio à tona, aproximou-se de influentes políticos ligados ao PT.

Poucas horas após sua prisão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, determinou sua soltura, concedendo liminar em um pedido de habeas corpus que vinha se arrastando desde abril deste ano, que o banqueiro impetrou em virtude de uma matéria publicada à época pela Folha de São Paulo. No mesmo dia em que foi solto (quinta, 10 de julho), a Justiça Federal de São Paulo decretou novamente sua prisão preventiva, agora sob acusação de tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal. No dia seguinte, nova decisão da nossa Suprema Corte mandando libertá-lo.

Logicamente, o caso tem muito mais meandros do que foi dito aqui neste espaço. Mas de tudo o que foi falado, analisado e repercutido na mídia em geral, o que posso destacar é, de um lado, o fato de que nosso Brasil não consegue se libertar de velhas práticas e, por outro lado, o “baile” que a chamada “mídia conservadora” levou nesse episódio dos sites e blogs do internet.

O primeiro aspecto é evidente por si só. Deixo totalmente de lado a questão da legalidade ou não da prisão. A discussão é outra. Quem neste país, algum dia, teve dois pedidos analisados e concedidos pelo STF em 48 horas? Ninguém! E não pensem vocês que estamos ingressando numa nova era de Justiça para todos. O nosso sistema judiciário não é e nunca foi acessível a todos. Ele é preconceituoso e excludente. Esse caso apenas demonstra que as grandes alamedas da nossa Justiça só estão totalmente abertas para alguns poucos.

O outro aspecto, no entanto, é algo que considero alentador. A chamada mídia alternativa – blogs e sites da internet – cobriu o caso de forma muito superior e eficiente do que os grandes veículos (leia-se: Globo, Folha, Estadão e Veja). Repito, foi um baile. Quem quisesse ter informações seguras sobre o que estava acontecendo tinha de se socorrer dos blogs e sites – como os do Luis Nassif, Eduardo Guimarães, Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Bob Fernandes, entre muitos outros – já que a mídia convencional desvirtuou toda a discussão à questões de menor importância, como o abuso no uso de algemas e alarde que a Polícia Federal faz com suas operações

Isso é curioso, pois a mídia alternativa sempre repercutia o que se noticiava nos grandes veículos da mídia convencional. Esse caso criou um paralelo. As notícias eram divulgadas pelos sites e blogs e discutidas à margem do que noticiavam os grandes jornais e as emissoras de televisão.

Há muito que os interesses econômicos dos grandes monopólios da informação tomaram conta de nosso noticiário e deixou-se de lado o comprometimento de noticiar fatos de forma imparcial. Tomara que novos tempos estejam chegando.....

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* advogado e pós-graduando

SÉCULO DE LUZ E DE TREVAS

por Cyro Saadeh*


É interessante notarmos como evoluímos tão demoradamente durante a longa história da humanidade.

O século passado, porém, foi o ano das descobertas, da psicanálise, da teoria da relatividade, do avião e de tantas outras coisas benéficas ao homem. Pode-se dizer que foi o ano próprio da racionalidade, onde grandes gênios despontaram e colaboraram na ampliação do conhecimento a um número maior de seres.

Porém, o século passado não foi só de luz. Enfrentamos duas grandes guerras mundiais e regimes ditatoriais únicos na história, onde se despontam déspotas em Portugal, na Espanha, na União Soviética, no Cambodja, na Indonésia, na China, no Brasil, em Uganda, na Argentina e no Chile. Foi um ano de grandes e de pequenas guerras em todos os continentes, com muitos mortos.

Foi um século em que Jerusalém voltou a ser disputada, agora por israelenses e palestinos.

Indígenas e nativos foram dizimados de forma covarde em todos os continentes.

Nunca houve tantos refugiados como no século que passou. Judeus, muçulmanos, árabes, armênios, africanos, sul-americanos... Nunca o mundo viu tantos seres em busca de refúgio.

Foi um século em que a fome perseguiu 600 milhões de habitantes no mundo inteiro, onde a aids matou milhões de pessoas, onde a pornografia tornou-se um dos produtos mais rentáveis e um grande ramo empregatício, enquanto moralmente a sociedade tornava-se sutilmente mais conservadora.

Foi o século do crescimento do radicalismo religioso no mundo. Nos Estados Unidos, 20% da população fazem parte do fundamentalismo evangélico. Alguns muçulmanos interpretaram o Alcoorão de forma própria para justificar atentados. Alguns israelitas justificam a luta por terras na atualidade na bíblia de mais de cinco mil anos. A religião, ao invés de aproximar, passou a segregar.

O século passado realmente se foi, mas muitos dos seus males ainda surtem efeito no dia-a-dia.

Há muito ainda a ser descoberto. Decolamos nos estudos das ciências exatas e biológicas, em um grande descompasso com as ciências humanas, ainda incipientes.

O direito e a Justiça precisam avançar muito e humanizar-se, para se aproximarem das pessoas que têm interesse na solução dos processos. A democracia realmente tem que se fortalecer e criar condições efetivas para que todos, pobres ou ricos, diferentes ou iguais, possam interferir na política local, nacional e internacional.
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* jornalista

OAB e Defensoria Pública não entram em acordo sobre reajuste da tabela de honorários e população carente corre o risco de não ser atendida

(foto extraída da página da Defensoria Pública)





Convênio existente desde 1986, firmado entre a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e a Ordem dos Advogados do Brasil no Estado de S. Paulo, não foi renovado na última sexta-feira (11/07) porque não houve consenso sobre o índice de reajuste na remuneração dos honorários dos advogados que auxiliam a defensoria na defesa da população carente.

Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da Seccional paulista da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, sustenta que a tabela de honorários não pode ser imposta pelo Estado. A OAB informa aos advogados interessados, em sua página na internet, que "estará suspensa a triagem para novas nomeações, porque a Defensoria Pública não atendeu pleito de majoração dos valores da tabela de honorários da advocacia, impedindo com isso a renovação do Convênio de Assistência Judiciária".

O mencionado convênio reúne mais de 47 mil advogados inscritos contra menos de 400 defensores públicos. A nomeação se dá em cada um dos processos onde a Defensoria esteja impossibilitada de atuar. D' Urso justifica que, para atender demanda tão expressiva da população, a Defensoria Pública tem de levar em consideração o pleito da OAB/SP, pois precisa do convênio para atender o objetivo para o qual foi criada.

Já a Defensoria Pública argumenta que a OAB/SP "desconsiderou cláusula pactuada e não aceitou a majoração proposta no valor de 5,84%, que recompõe a inflação do período". Além de sustentar que o valor solicitado pela OAB está acima dos recursos orçamentários, a Defensoria ainda assevera que o "convênio previa que a tabela dos honorários advocatícios fosse reajustada, anualmente, de acordo com a variação inflacionária do período, pelo índice adotado pela administração pública, o IPC-FIPE. O referido índice atingiu no período 5,84%"

A Defensoria Pública foi criada em 2006 e é o órgão incumbido pela Constituição da defesa dos que não têm condições de constituir advogado. É sucessora da antiga Assistência Judiciária, então ligada à Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.

Para se ter uma idéia dos custos do convênio, em 2007 o gasto atingiu mais 272 milhões de reais, valor que permitiria a contratação de mais 4.000 defensores públicos substitutos, número superior aos 1.600 defensores necessários para atender toda a população carente do Estado.
A assessoria de imprensa da Defensoria Pública informa que não é a primeira vez que há ruptura do convênio. O mesmo ocorreu em 1995.

Visando normalizar a situação da população carente, a Defensoria informou que hoje foi publicado Edital no Diário Oficial do Estado com as informações para o cadastramento de advogados no período de 28/07 a 08/08 para prestar assistência jurídica gratuita junto à Defensoria, sem a intermediação da OAB.
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* por Cyro Saadeh, jornalista

SEM CICLOVIAS ATÉ QUANDO?

Tantas cidades têm ciclovia e a nossa São Paulo insiste em priorizar a acomodação dos seus milhões de pesados e poluentes carros no quase que exclusivo espaço urbano destinado aos veículos motorizados.
Pedestres e ciclistas são esquecidos. Faixas de pedestres existem, mas são desrespeitadas. É impossível conseguir atravessar numa faixa de pedestre quando não há semáforo. Quem já não sofreu com isso? Mas os marronzinhos da CET estão aí, não para orientar, mas para autuar, num claro sinal de que esquecemos de que o trânsito também faz parte do processo de cidadania, onde devemos respeitar o próximo, por mais que ele pareça ser diferente, simplesmente por estar a pé, a cavalo, de bicicleta ou de motocicleta.
Há projetos de ciclovia na cidade, sim, mas previstos para daqui dez anos. Não é possível que tapemos o sol com calotas, daquelas antigas, de metal, que queimam as mãos e nos cegam com o reflexo que causam...
Os bairros da Vila Pompéia, Vila Romana, Lapa, Vila Madalena, Sumaré, Pinheiros, Perdizes, Barra Funda e Pacaembu poderiam abrigar uma grande ciclovia que uniria os Parques da Água Branca e Vila Lobos; a estação de trem da Lapa ao metrô da Vila Madalena; as estações de metrô da Vila Madalena e da Barra Funda ao Estádio do Pacaembu; as avenidas Sumaré, Heitor Penteado e Pompéia, num verdadeiro eixo de lazer e de turismo; e as ruas dos barzinhos da Pompéia, de Perdizes e da Vila Madalena aos metrôs da Vila Madalena e da Barra Funda, propiciando que se possa ingerir substância alcoólica sem dirigir veículo automotor.
Ciclovia é muito mais cidadania, é muito mais benéfica ao meio ambiente, ocasiona muito menos acidente fatal e beneficia, sim, a verdadeira locomoção nesse trânsito caótico.
O que estamos esperando para cobrar das autoridades pequenas atitudes que são baratas e muito mais responsáveis com o meio ambiente, com a saúde, com o bolso dos cidadãos e com a cidadania?

CARTA AO NOVO AMOR



"DEIXA EU TE LEVAR, NÃO HÁ RAZÃO E NEM MOTIVO PRA EXPLICAR
QUE EU TE COMPLETO E QUE VOCÊ VAI ME BASTAR , TÔ BEM CERTO DE QUE VOCÊ VAI GOSTAR, VOCÊ VAI GOSTAR, VAI GOSTAR..."
Trecho da música "Tolerância" (Ana Carolina)




Então, meu novo amor, não tenha medo de mim, não tenha medo de nós!
Embarque comigo, sem receios, sem memórias passadas!
Vamos construir a nossa linda história! E ela tem um gosto doce, tem sabor de chocolate, tem perfume de rosas!
Não deixe a insegurança ou a ignorância desatar esse laço forte e firme que já existe entre nós!
Vamos aproveitar esses momentinhos calorosos e divertidos que está acontecendo entre nós! Vamos voar pelos ares do nosso mundinho tão enluarado e coberto de estrelas!
Ter medo disso por quê? Eu não tenho. Já mergulho em fantasias... lindas e loucas fantasias que pra você ainda são desconhecidas!
Dê-nos tempo pra realizar todas elas! Estamos só começando, mas já tem sabor de quero mais... Em criatividade somos iguais! A sintonia física existe!Nossos corpos já deram certo! E como deram...
Vamos caminhar em passos leves, tão leves como tem sido nosso amor até aqui! Sem pressa, sem rótulos e sem cobranças!
A minha única exigência meu novo amor é que nunca me deixe só!
Porque tenho medo do escuro se você nele não está!
Zele e cuide de mim, assim como eu cuido e preservo você de tudo que possa vir a te machucar!
Já me livrei dos amores mal resolvidos! Livre-se dos seus, pois na minha vida só há um único espaço e você já o preencheu. Estou pronta pra ficar com você e para você!
Portanto, livre-se de culpas e venha até mim de corpo alma e coração!
Tenho certeza que ao se entregar terá como eu a sensação de que somos iguais, fortes e intensos e que tudo de bom pode acontecer com essa linda história de amor que nos espera!
Posso até não ser a pessoa certa pra você, mas sou quem te adora, quem te quer , sem medos, sem preconceitos... Sou eu quem te deseja em todos os momentos.
Estou convencida de que sou a pessoa que pode te fazer feliz!
Certo ou incerto não interessa, quero ficar com vc!
Vem pra perto de mim!!! Siga-me e se descubra desejado, esperado e muito, muito amado!

Dedicado a Déia, Camille, Denise e Pati Estrella! Amigos queridos! E a todos aqueles que como nós estão vivendo um novo amor!

Lú Matos.

CATARINA

Abaixo, uma carta de Lú Matos à avó Catarina, falecida ontem.
Fiquei remexendo minha memória buscando nosso último encontro!
Encontrei você sentadinha na cadeira da porta da sua casa,a mesma casa que por toda minha linda e doce infância corri,pulei e brinquei!
Me lembro perfeitamente da sua feição serena,sempre calminha,sempre com aquela voz baixinha,aquele falar devagar,me olhando e sorrindo!
Me sentei do seu lado,te beijei e passamos a falar só de mim!
Você me enchia de perguntas,sempre querendo saber se eu estava bem e quando ia voltar pra te ver de novo...
Eu voltei tão pouco...a vida prega essas peças na gente!De tão longe que eu morava não tinha como está pertinho de você como eu queria!
E como eu queria...porque você me dava uma paz tão infinita!
Era voltar a minha infância de menina feliz,pés descalços,cara lavada!
Te encontrar me fazia sentir aquele cheiro enlouquecedor de bolo de fubá que só vc com as mãos de fada sabia fazer!
E era um encontro tão feliz,pleno...porque será que hoje me culpo de não ter me permitido vê-la mais vezes?
Não consigo achar desculpas!Agora que vc se foi ficou um vazio enorme e uma saudade sufocante de pensar que seu sorriso não encantará mais a minha vida!
Catarina,vc foi e é a lembrança mais feliz da minha infância!
Vc foi a avó que me estragou,que deixava que eu fizesse tudo,me lembro de pular na sua cama,e cair nos seus braços.
Me lembro de levar bronca na igreja pq na missa eu não parava quieta!
Era a bronca mais boba do mundo,pq quando saíamos vc me comprava sorvete!
Lembro de vc pegando no colo a minha filha ainda bebê e se realizando com o fato de ser uma bisavó!
Era muito bom ouvir sua voz ao telefone!E agora Catarina!!!Como faço pra falar com vc?
Em toda minha vida essa é a primeira vez que vc realmente me desaponta!
Foi embora sem se despedir de mim!E nem um beijo me deu!
Então só me resta chorar,porque assim posso acreditar que alguma hora vc irá me ligar!Já que vc era a única pessoa que não se permitia me ver chorar!
Então Catarina vem me consolar,enxugar minhas lágrimas de saudade!
Me faz dormir no seu colo e me conta histórias de lobisomem!
Faz broa de milho pra mim e aquele café com gosto de vc!
Eu quero me lembrar de vc sempre assim!
E nunca vou deixar morrer dentro de mim essas lembranças!
Morre o seu corpo,mas vc vive plenamente dentro de mim!
Com o coração partido te peço,
Seja feliz ai no além! E ensine esse povo todo ai como é ser a avó mais linda e encantada desse mundo!
Aqui nesse mundo nosso vc reinava absoluta!
Venha me ver em sonho um dia desses e não esqueça que eu vou sentir muitas saudades de vc!
Pra mim vc nunca partiu,na verdade vc foi colorir o além!
Te amo muito,
Lú.

UM DOCUMENTÁRIO PARA PENSAR SOBRE O PRECONCEITO

por Cyro Saadeh*
  • Um tempo atrás tive a oportunidade de realizar um documentário muito interessante. Versava sobre a história de um menino nordestino que se sentia menina e que, com o passar do tempo foi sofrendo mais e mais preconceito. Pressionado pela sociedade conservadora, mudou-se para o Estado de S. Paulo, onde conheceu o seu namorado. Passou um tempo e adotou duas crianças, tornou-se Mãe de Santo e realizou uma cirurgia tensa para a mudança de sexo, após autorização médica. Mudou o nome por força de decisão judicial e casou na Igreja. Os filhos e a sociedade, hoje, o tratam como uma mulher, que realmente é. Há detalhes mais interessantes e que nos fazem perceber como somos pequenos e reduzidos na capacidade de compreender o universo de possibilidades, de vontades e de necessidades imperativas do ser humano.
  • Hoje, o meu objetivo mais imediato na área de vídeo é justamente essa, a de refilmar esse documentário, sob a mesma perspectiva que havia feito, ou seja, a de fazer o telespectador notar como o preconceito é algo deplorável após haver a compreensão da história de vida do personagem. Tem tudo para emocionar até o mais preconceituoso homófobo. Duvida? Então, aguarde.
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* jornalista e pretenso vídeo-documentarista e escritor

CELEBRANDO A VIDA NA POMPÉIA

Tem tanta coisa boa na Pompéia. Bem, os espetos é algo que se torna impossível não perceber, mas o bairro nos reserva inúmeros outros atrativos. Há uma pastelaria famosa que trouxe para cá os conhecidíssimos pastéis do Trevo de Bertioga; há também uma sorveteria de renome no posto Ipiranga da baixada da av. Pompéia; há várias pizzarias de qualidade, mas quem não conhece o Galpão da Pizza, na rua Dr. Augusto de Miranda, 1.156, com a sua massa fina e crocante; e a cantina Recanto Di Carmo, com música ao vivo às sextas e sábados, onde os queridos velhinhos nos dão aulas de dança; e o Dib com a sua culinária árabe? É, são tantos os bares, os barzinhos e as casas de doces e também de salgados que se torna impossível não curtir esse bairro tão propício à quebra de jejum em benefício da celebração da vida.

BOSSA NOVA NA OCA

por LELIANE MORAES*

A mostra que conta a história de uma época através do ritmo que é a cara do Brasil

Está na oca a Mostra Chega de Saudade, em comemoração aos 50 anos da Bossanova.

Entre diversas atrações que o evento promove, a que mais me instiga é o palco "Beco das garrafas", denominado desta forma em homenagem ao famoso bar carioca, que trará cantores como Tom Jobim, Elis Regina, Vinícius de Moraes e Frank Sinatra, cantando simultaneamente a canção: Garota de Ipanema. Isso será possível graças a tecnologia inédita em nosso país que é a mesma que a banda Gorillaz utiliza em seus shows.

Estamos esperando o que para relembrarmos os velhos e inesquecíveis tempos? Para quem infelizmente não viveu essa fase, basta conhecer o que foi bom e que nunca se apagará...

De terça a domingo, das 10h00 às 21h00. Na oca (av. Pedro Alvares Cabral, s/n, portão 3, parque Ibirapuera, tel 4003-2050. R$20,00 (às terças a entrada é franca) Livre - até 07/09
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* jornalista

EDITORIAL



Muito do que há neste jornal foi pensado exaustivamente. Muito também está em teste.

O horário da postagem, sempre logo após a meia-noite, é uma forma de dizer ao leitor que ele tem preferência no acesso à informação. Ele saberá na primeira hora o que será manchete durante todo o dia. Afinal, a notícia não é do veículo, mas daquele que o consulta. Para o JP, o que mais interessa não é a publicidade, mas cada um dos seus leitores. Tentamos tratar com carinho e atenção cada um daqueles que vêm à nossa página, a fim de obter o que há de mais precioso no que se refere a periódicos jornalísticos, que é a fidelidade.


A coluna da direita, com dicas de cidadania é aquilo que com o tempo fortalecerá ainda mais a fidelidade. A disposição estampada logo no início é uma forma de tornar mais prático o acesso às páginas mais recorrentes, permitindo a pronta solução dos pequenos ou grandes problemas do dia-a-dia.


A coluna da esquerda é reservada às notícias e artigos exclusivos, a matéria-prima deste jornal.

O planejamento da página foi feito por um dos colaboradores que diuturnamente dedicou-se a tornar a página informativa e gostosa de acessar, mesmo sem os recursos de um grande site.


As cinco notícias de cada veículo de comunicação importante, disponibilizadas por meio da tecnologia RSS, é uma maneira de centralizar a notícia para que o próprio leitor edite o que julga importante ler. A cidadania não aparece do nada. Como se sabe, é um exercício contínuo de filtragem de informações, de aprendizado e de acesso a informação.

Depois de tudo isso, responda uma coisa, qual o veículo que se preocupou tanto com você até hoje, que trouxe tantas dicas de cidadania e que, às duras penas para um veículo pequeno, traz sempre mais uma novidade e apresenta sempre um novo colaborador?


Não. Você não precisa responder. A certeza da sua fidelidade não vem com palavras, mas com o acesso a este jornal.


Em tempos em que a notícia se resume à retransmissão das agências noticiosas, o JP dá um show, um verdadeiro show de coragem de assumir que o que importa para um Jornal não é a publicidade ou o copiar e colar notícias dos outros. Isso nós também sabemos fazer e colocamos as manchetes dos outros veículos no final da página esquerda. Também destacamos o que outros órgãos fazem, desde que autorizem a livre divulgação. Mas o que importa de verdade para nós é passar uma informação exclusiva que emocione e faça refletir. E cada um dos nossos colaboradores, muitos jornalistas, outros não, fazem isso com esmero e carinho.


A produção não é em série ou em massa. É um produto artesanal, feito sob medida para quem deseja ver aquilo que não é tão óbvio.


O que nos resta fazer? Agradecer. Muito obrigado.

PARTIDO COMUNISTA NOS ESTADOS UNIDOS

por Cyro Saadeh*




(imagem extraída da página http://www.cpusa.org/)

Você sabia que nos Estados Unidos há um partido Comunista? Embora fraco, ele luta para estar presente em todos os estados daquele país.

Você pode não acreditar, assim como eu não acreditava, mas o país que assume a postura e a arrogância de dizer que é a maior democracia do planeta (e sabemos que não é. Vide as guerras, as fraudes eleitorais, o sistema Judiciário, as torturas e os naviões-prisões), somente recentemente liberou a legalização do "Communisty Party" na Califórnia. Sim, o estado mais liberal do Estados Unidos somente há poucos dias aprovou a existência legal do partido dos Comunistas.

Parece que o muro que ruiu em Berlim há 19 anos e a revolucionária Glasnost da União Soviética de Gorbachev estão a produzir efeitos um pouco tardios na terra do Tio Sam. Após quase duas décadas do fim da guerra fria é que os Estados Unidos cessam censuras e algumas restrições aos direitos civis.
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* jornalista

INFORME DE ÚLTIMA HORA

Foi protocolizada no último dia 4 uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, discutindo a Lei 11.705/2008, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro e deu origem ao que ficou conhecido como "Lei Seca", que pune rigorosamente quem dirige alcoolizado.
A proponente foi a ABRASEL NACIONAL - Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento e ainda não houve a escolha do Ministro-Relator.
A petição baseia-se mais em argumentos opinativos que técnicos. Dentre as questões jurídicas abordadas está a violação aos princípios da isonomia, razoabilidade, proporcionalidade, equidade, racionalidade e legalidade, além da afronta aos princípios da liberdade econômica e livre-iniciativa. A questão mais polêmica, porém, é a de produção de prova contra si mesmo (bafômetro ou dosagem no IMESC), o que é vedado no ordenamento jurídico nacional e tende a ser derrubado no Supremo. Esse é o argumento de maior peso, segundo alguns juristas.

DICAS DE BELEZA


por SCHISMENE FREITAS*


Neste inverno com um friozinho gostoso, a pele fica toda ressecada e rachada. Principalmente a minha que já é ressecada por natureza.
Que mulher não sonha com uma pele lisinha e bem hidratada? Se você é como eu, daquelas que não podem ver um potinho de creme novo e já vai logo comprando, cuidado!
Com tanta novidade no mercado é preciso escolher o hidratante ideal para o rosto e corpo, após descobrir se sua pele é oleosa, normal, seca ou mista.
OLEOSA: os poros são dilatados e há um brilho excessivo.
NORMAL: a pele tem viço, é bonita, firme e apresenta brilho sem oleosidade.
SECA: os poros são fechados e a pele é bastante opaca e costuma ser muito sensível.
MISTA: a pele concentra oleosidade na zona T (testa, nariz e queixo), enquanto as maçãs do rosto são secas ou normais.
E engana-se quem pensa que só com muito dinheiro é possível ficar de bem com o espelho.
Ficar linda e bem cuidada é bem mais fácil do que você pensa.Explorar recursos naturais, como ervas, frutas e cereais é o que há de melhor para se usar no rosto e no corpo.
De fato, loções, hidratantes e esfoliantes caseiros podem rejuvenescer tirar manchas e ressaltar a sua beleza natural. Basta preparar uma lista, visitar o supermercado, seguir as receitas a risca e pronto, deleite-se com seu SPA caseiro.
Transforme seu banho numa seção de massagem, isso é possível com a ajuda da esponja que ao mesmo tempo que espalha o sabonete, remove as células mortas e ativa a circulação sanguínea. Se sua pele é sensível ou seca, prefira as esponja de celulose; as vegetais são ideais para pele oleosa e a marinha pode ser usada todos os dias em peles normais ou secas, pois seu esfoliamento não é muito agressivo.
Também tem um esfoliante para acabar com aquelas bolinhas que surgem nos braços e no bumbum por causa do atrito com a roupa. Basta misturar 2 colheres (sopa) de fubá e 1 copo pequeno de mel. Misture até virar uma papa, aplique este preparo com massagens circulares e em movimentos suaves sem fazer pressão.
No rosto, para fazer uma limpeza profunda, coloque água com camomila e erva-doce no fogo e com o chá bem morno posicione o rosto bem perto da tigela, o vapor vai abrindo os poros e isso facilita na hora de tirar as impurezas.
Quando sinto que a minha pele está cansada e sem brilho, faço um chá com 3 folhas de sálvia e 250 ml de água, lavo o rosto com essa loção e depois sinto a pele revigorada e fresca.
Para hidratar a pele faço o seguinte creme: misturo ¼ de abacate com 1 colher (chá) de iorgurte natural integral e aplico essa pasta sobre a pele limpa e deixo agir por 15 minutos. Depois retiro-a com água morna.
Agora, eu duvido que depois dessas dicas você vá sair por aí comprando qualquer novidade no mercado, nem os cremes mais caros oferecem as riquezas que a natureza nos proporciona.
Depois disso tudo é só seguir as dicas e aguardar o bom resultado.

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* jornalista, atriz e modelo