Vivemos a era do transformismo.
Rios transformam-se em esgotos.
Crianças transformam-se em pequenos adultos.
Viver transforma-se em uma luta constante para a maioria dos seres humanos.
A mídia transforma-se em algo cada vez menos representativo que a média.
A política transforma-se em forma de enriquecimento.
A natureza transforma-se em decorrência da ação humana.
Igrejas transformam-se em centros de arrecadação financeira.
Povos transformam-se em cobaias de testes de novos armamentos e vacinas.
Travestis, aceitos nos primórdios, transformam-se em objeto de chacota.
Gay transforma-se em “clean”.
Homens transformam-se em metrossexuais.
Mulheres transformam-se em bonecas artificiais.
Sexo transforma-se em rotina.
A vida transforma-se em um rir a toa, descompromissado com o planeta.
E a vida, aos poucos, transforma-se naquilo que acreditamos ser a morte.