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25 de Março - por Cyro Saadeh e Eliane Ramos, jornalistas

A rua 25 de março retrata um pouco do Brasil heterogêneo e miscigenado. Na rua se vêem nordestinos, negros, chineses, sírios, libaneses, brasileiros de todas as etnias, credos e cores.
Logo cedo, a rua 25 de março desperta preguiçosa, praticamente vazia, com poucas pessoas vagando de um lado para o outro. Camelôs carregam suas mercadorias e lojas vão sendo abertas vagarosamente. Já por volta das dez da manhã a situação muda radicalmente e a rua vira um mar de gente e de barracas. Um verdadeiro tumulto toma conta das ruas e os carros mal conseguem circular. Nesse horário é necessário ter um pouco de paciência para circular na região.
Aquele lugar impressiona. A maior parte das lojas é de armarinhos, tecidos, meias e bordados. Mas lá se encontra de tudo. Há produtos importados dos mais variados, vídeos-bingos e até pequenos animais de estimação sendo vendidos na rua. É um verdadeiro shopping a céu aberto.
Para quem gosta de comprar em prédios de estilo americanizado, também conhecido por shoppings centers, há algumas opções, que vão da conhecida e lotadíssima Galeria Pagé ao Shoppings Oriental e 25 de março.
Há algumas lojas estabelecidas no local há quase 80 anos. Miguel Al Makul Jr., da Casa Fortaleza, demonstra apreço e carinho pelo o que faz. E ainda consegue reservar um tempo para nos revelar fatos e histórias ao nos acompanhar por quase duas horas por alguns recantos da badalada 25 de março.
Pessoas simpáticas, com um sotaque árabe, atendem bem esses repórteres e ajudam a desvendar mistérios que poucas pessoas conhecem. Como bons contadores de histórias, esses árabes e descendentes nos fazem relembrar as mil e uma noites e nos encantam com as histórias de prédios e de pessoas.
Quem tem interesse de conhecer um pouco mais da história de São Paulo ou simplesmente pretende fazer boas compras com pouco dinheiro, vale a pena conferir a rua 25 de março. Uma dica: chegue cedo. Também é possível conhecer um pouco mais daquele verdadeiro centro comercial através do site www.25demarco.com.br.

CURIOSIDADES SOBRE A RUA 25 DE MARÇO
Não é só de comércio lojista ou de camelôs que vive a rua 25 de março.
Quem poderia imaginar que em pleno centro comercial da rua 25 de março existe uma pequena e simpática Igreja Cristã-Ortodoxa, com 102 anos de história? As barracas, as pessoas e a pressa impedem que percebamos esse interessante ponto turístico paulista, a Igreja da Nossa Senhora. Graças a Miguel Al Makul Jr., um simpático descendente de imigrantes sírios, pudemos conhecer esse e outros pontos que marcaram a história do povo árabe no centro de São Paulo.
Para quem imagina que o árabe é necessariamente muçulmano aí está a primeira prova de que o árabe crê em um só Deus, que pode tomar a forma católica, cristã-ortodoxa, maronita e islâmica. Não se esqueça que há árabes-judeus e árabes protestantes, também.
Comer bem não é difícil naquele local. Há de tudo e por um preço bem acessível. Quem se interessa pela culinária árabe pode ir à confeitaria Pagé, quase ao lado da galeria de mesmo nome, e se deliciar com esfihas, quibes e doces a um preço bem convidativo. Vale a pena experimentar a esfiha de massa folhada, o zatar - um espécie de orégano árabe misturado com gergelim-, e também o chiclete de caixinha libanês. O único problema é que a refeição rápida tem que ser feita de pé. Se tiver um pouco mais de tempo, aproveite para ouvir as belas histórias do Profeta Elias, um simpático libanês de olhos claros.
Para quem prefere fazer a refeição sentado, é possível gastar pouco e comer bem no restaurante Ponto Árabe, ao lado da confeitaria. Mas se a pretensão for gastar um pouco mais, com comodidade, há o restaurante Raful, onde as iguarias sírio-libanesas também são bem servidas.
Você gosta de música árabe? Assistiu a novela “O Clone”? Pode encontrar o Toni na Casa Árabe, que vende instrumentos musicais e de danças típicas.
Há até um pequeno museu particular estabelecido no andar superior da loja Rei do Armarinho, na rua Cav. Basílio Jafet. Lá se poderá ver fotos da rua 25 de março do início do século passado e conhecer um pouco mais das tradições árabes.
Aquela região ainda consegue nos reservar outras surpresas. Há uma estátua linda, datada de 1929, em meio a um pequeno bosque, que retrata a amizade sírio-libanesa. Nossa despedida, já repleta de sacolas e de saudades, fechou com chave de ouro, ao vermos uma revoada de periquitos que pareciam querer dizer até logo.