2024- ANO XVII - JP - MUITO MAIS QUE UM JORNAL DE BAIRRO.
Links para quase tudo e as manchetes das notícias do momento trazidas pelos principais veículos de informação e por organismos de direitos humanos e de cidadania, atualizadas instantaneamente por meio da tecnologia RSS
telejornalismo ao vivo ALJAZEERA RT CCTV TELESUR HISPANTV RTVE - mais notícia e informação reunidas em um só espaço, só no JP - JORNAL DA POMPÉIA
Saiba o que é notícia na mídia:

estadao.com.br

Folha Online

JB Online

Band Esporte

Agência Brasil

CARTA CAPITAL

DIPLÔ (Le Monde Diplomatique - Brasil)

BBCBrasil.com

Último Segundo - iG

Yahoo!

Google News

Observatório do Direito à Comunicação

Desemprego Zero

Época

SESC - Revista Digital

RADIO FRANCE INTERNATIONALE

Consultor Jurídico

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO

Senado Federal

Camara dos Deputados

Ministério do Desenvolvimento

Governo do Estado de São Paulo

Prefeitura de São Paulo

Rádio ONU

UNICEF

Observatorio da Imprensa

Repórter Brasil

ANISTIA INTERNACIONAL

human rights watch

EL PAIS

EL MUNDO

LA NACION

CLARIN

Página 12

Granma

LE MONDE

LE FIGARO

The Independent

FINANCIAL TIMES

AL JAZEERA

Haaretz

WASHINGTON POST

The New Yorker

LE MONDE DIPLOMATIQUE

e a conceituada análise geopolítica

DE ONDE VEM TANTO PRECONCEITO?





por Auriane Brito*


Saúdo a todos que fazem parte deste blog (colaboradores e leitores) e a iniciativa de ceder um espaço para mostrar ao Brasil um pouco dessa região tão esquecida pelo resto do país.

O preconceito com a região Nordeste é conseqüência de sucessivos erros. Muitas pessoas nem percebem que são preconceituosas e até alguns nordestinos são preconceituosos com a própria região onde moram. Mas de onde vem tanto preconceito?

Comumente as pessoas falam do Nordeste e lembram de pobreza, falam da Caatinga e lembram de seca. Alguns até tratam da região Nordeste apenas como o “Sertão Nordestino” esquecendo que essa região é dividido em 4 sub-regiões: Meio-norte, Sertão, Agreste e Zona da Mata; cada uma com características próprias que você encontrará em qualquer livro didático.

O Nordeste foi muito explorado na época colonial desde a retirada do pau-brasil no Pernambuco até a derrubada indiscriminada da vegetação nativa para o cultivo da cana-de-açúcar na Zona da Mata. Depois veio o governo de Juscelino Kubitschek, que promulgou a famosa frase “50 anos em 5”, intensificando a industrialização na região Sudeste do Brasil fazendo com que a economia nordestina entrasse em decadência ocasionando boa parte da migração dos nordestinos para outras regiões do Brasil. E no próprio governo de JK criou-se a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) justamente para aumentar a economia nordestina.

Vale ressaltar que com a criação da SUDENE aumentou a atividade agrícola na região, sendo que o Nordeste possui o menor índice de água doce no Brasil (apenas 3%) e a segunda região mais populosa do país. A SUDENE que possuía ótimos projetos foi rapidamente extinta após denuncias de fraudes.
No Nordeste sempre ocorreram inúmeros desgastes ambientais, econômicos e sociais, até mesmo diversos tipos de falcatruas dos governantes que aliam-se a fazendeiros e latifundiários e juntos fazem jus ao termo “indústria da seca” se beneficiando e fazendo a população acreditar que a seca não é um fenômeno natural.
O resultado disso é o preconceito e referência a tudo relacionado à região Nordeste como algo ruim, sendo que os próprios nordestinos usam a expressão “caatinga” se referindo a mal cheiro. Eles mesmos já não conseguem enxergar a riqueza desta vegetação, fonte de vários estudos científicos.

O que o Nordeste realmente precisa é de pequenos incentivos, como este aqui no blog (espaço para novas idéias e práticas), que fazem a grande diferença. Mudar também a forma que os livros didáticos tratam da região Nordeste e a população ter cuidado ao votar escolhendo políticos comprometidos e que façam projetos nos quais beneficiem todas as gerações (atuais e futuras).
E se o leitor não quiser esperar por práticas vindas de Brasília, pode começar daí mesmo, de onde ele está, é só procurar ler mais sobre o Nordeste e se possível conhecê-lo de perto e constatar que a maioria dos nordestinos não passam sede e fome, mas compartilham um sorriso estampado nos rostos e passam momentos agradáveis rodeados de belezas naturais indescritíveis.

___________________________________________________

* professora de geografia e colaboradora do Jornal da Pompéia